terça-feira, 18 de agosto de 2009

Senado reflete a falta de ética dos parlamentares







José Sarney, atualmente maior líder do senado, foi o 31º presidente do Brasil, foi ele também, quem mais apoiou a ditadura militar quanto liderou o país na transição democrática. Porém, da noite para o dia, se vê lançado em um turbilhão de denúncias e escândalos, e se torna um aliado importante de quem sempre o criticou, o atual presidente Lula. Em diversas declarações o presidente Lula afirmou que não vê a necessidade de renúncia do ex-ditador, José Sarney.
Tudo começou com reportagens locais e em seguida a mídia nacional dizendo que Sarney abusou de seu poder como senador ao conceder empregos e favores a amigos e familiares. Entre as acusações estão a permissão para que seu neto se beneficiasse de contratos governamentais, a manutenção de uma conta ilegal no exterior, o escândalo dos altos salários para funcionários, como o caso do motorista do Senado e a permissão para que a fundação com seu nome conseguisse milhares de dólares em verba concedida por uma das maiores companhias petrolífera do Brasil, a Petrobras, dentre vários outros.

Em meio a crise, Sarney, 79 anos, além de negar todas as acusações se valendo do argumento de que são meras difamações, falsas e exageradas, ainda se recusa a renunciar do cargo de presidente do Senado. Ele também agiu naturalmente quando questionado a respeito dos assuntos sobre nepotismo, e afirma que sua conduta não sai fora da postura dos demais senadores .

Mas milhões de brasileiros discordam totalmente da opinião do chefe da casa. Para Luciano Teixeira, aluno do último período do curso de jornalismo da Faculdade Estácio de Sá, a crise no Senado é apenas um reflexo da falta de ética dos parlamentares daquela casa. “Isso reflete o despreparo político, a corrupção desenfreada, a falta de consciência e o descaso com o povo brasileiro”, afirma o estudante.
Para Luciano é absurdo aa permanência do presidente do Senado, José Sarney, no Congresso, e acredita que essa atitude de resistência fere o respeito da nação. "O presidente Lula deveria se preocupar prioritariamente com a crise no Senado, que traz prejuízo irreparáveis para o país, ao invés de preocupar em deixar uma possível sucessora para seu cargo”, acrescenta.
Para concluir, o estudante ainda cita o bordão popular muito conhecido: “como tudo no Brasil acaba em pizza, teremos mais uma pizza para saborear”, ironiza o futuro jornalista.
Já a aluna Fabiana Isadora da silva, acredita que os acontecimentos noSenado atualmente é mais uma questão de falta de vergonha dos políticos para com povo brasileiro. Segundo ela, a falta de transparência que há entre os parlamentares e demosntra a ineficiência da política brasileira. "Assim percebo que é preocupante votar neste país, pois infelizmente não lidamos com pessoas honestas, lidamos com pessoas que só preocupam com seu bem estar e dos seus familiares", desabafa a aluna.
Ela ainda faz outra crítica: "Brasil é um país de todos, sempre cabe mais um", até para os 'Sarneys", enfatizou ela.
Sem dúvidas, a atual crise no Senado e suas peculiaridades demosntram o grande problema do Brasil, em que a corrupção se torna um fator cultural que se alastra e perpetua cada vez mais na política. São esses exemplos de má conduta e falta de ética que enfraquece a imagem do governo e de seus dirigentes políticos, frente aos anseios e esperança dos milhões de eleitores.
Diante dos fatos e acontecimentos nos últimos quinhentos e poucos anos desde o "descobrimento" do Brasil, e refletidos hoje no Senadoo Federal, conclui-se que, para que haja uma mudança eficáz e contínua deste cenário e na forma de "fazer" politica, é preciso antes de tudo uma conscientização popular, partindo para uma reforma política para que no futuro bem próximo, o povo tenha capacidade e consciência para eleger políticos que se baseam a vida política na ética, responsabilidade e transparência nos seus atos (não secretos).

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